sábado, 27 de julho de 2013

A MENINA E O PÁSSARO ENCANTADO

Eu, Odara, sou uma contadora de história! Adoro ver os olhinhos infantis (e os não tão infantis também), brilhando enquanto eu conto um conto. A Menina e o Pássaro Encantado, de Rubem Alves, é um dos meus prediletos. “Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo. Ele era um pássaro diferente de todos os demais: era Encantado.
Os pássaros comuns, se a porta da gaiola ficar aberta, vão-se embora para nunca mais voltar. Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades… As suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava. Certa vez voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão… — Menina, eu venho das montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco do encanto que vi, como presente para ti… E, assim, ele começava a cantar as canções e as histórias daquele mundo que a menina nunca vira. Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro. Outra vez voltou vermelho como o fogo, penacho dourado na cabeça. — Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga. As minhas penas ficaram como aquele sol, e eu trago as canções tristes daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos verdes. E de novo começavam as histórias. A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia.
E o pássaro amava a menina, e por isto voltava sempre. Mas chegava a hora da tristeza. — Tenho de ir — dizia. — Por favor, não vás. Fico tão triste. Terei saudades. E vou chorar… E a menina fazia beicinho… — Eu também terei saudades — dizia o pássaro. — Eu também vou chorar. Mas vou contar-te um segredo: as plantas precisam da água, nós precisamos do ar, os peixes precisam dos rios… E o meu encanto precisa da saudade. É aquela tristeza, na espera do regresso, que faz com que as minhas penas fiquem bonitas. Se eu não for, não haverá saudade. Eu deixarei de ser um pássaro encantado. E tu deixarás de me amar. Assim, ele partiu.
A menina, sozinha, chorava à noite de tristeza, imaginando se o pássaro voltaria. E foi numa dessas noites que ela teve uma ideia malvada: Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá. Será meu para sempre. Não mais terei saudades. E ficarei feliz… Com estes pensamentos, comprou uma linda gaiola, de prata, própria para um pássaro que se ama muito. E ficou à espera. Ele chegou finalmente, maravilhoso nas suas novas cores, com histórias diferentes para contar. Cansado da viagem, adormeceu. Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o prendeu na gaiola, para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu feliz. Acordou de madrugada, com um gemido do pássaro… — Ah! menina… O que é que fizeste? Quebrou-se o encanto. As minhas penas ficarão feias e eu esquecer-me-ei das histórias… Sem a
saudade, o amor ir-se-á embora… A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar. Mas não foi isto que aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ficando diferente. Caíram as plumas e o penacho. Os vermelhos, os verdes e os azuis das penas transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio: deixou de cantar. Também a menina se entristeceu. Não, aquele não era o pássaro que ela amava. E de noite ela chorava, pensando naquilo que havia feito ao seu amigo… Até que não aguentou mais. Abriu a porta da gaiola. — Podes ir, pássaro. Volta quando quiseres… — Obrigado, menina. Tenho de partir. É preciso partir para que a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe, na saudade, muitas coisas boas começam a crescer dentro de nós. Sempre que ficares com saudade, eu ficarei mais bonito. Sempre que eu ficar com saudade, tu ficarás mais bonita. E enfeitar-te-ás, para me esperar… E partiu. Voou que voou, para lugares distantes. A menina contava os dias, e a cada dia que passava a saudade crescia. — Que bom — pensava ela — o meu pássaro está a ficar encantado de novo… E ela ia ao guarda-roupa, escolher os vestidos, e penteava os cabelos e colocava uma flor na jarra. — Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje… Sem que ela se apercebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado, como o pássaro. Porque ele deveria estar a voar de qualquer lado e de qualquer lado haveria de voltar. Ah! Mundo maravilhoso, que guarda em algum lugar secreto o pássaro encantado que se ama… E foi assim que ela, cada noite, ia para a cama, triste de saudade, mas feliz com o pensamento: “Quem sabe se ele voltará amanhã”. E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro.
* * *

quarta-feira, 24 de julho de 2013

SIGNO SAGITARIO


   
                                                           A CENTAURA





Augusto Trzan pintou, há alguns anos,

o meu retrato.

 Isso prova que Odélia Odara, aqui Centaura, é uma autêntica sagitariana.  

A matéria de hoje versa sobre Astrologia, mais precisamente sobre Sagitário. 

Quatro Elementos são considerados em Astrologia: Terra, Água, Fogo e Ar e os signos estão relacionados com esses Elementos.

O signo de Sagitário é um signo de Fogo, governado pelo Planeta Júpiter. Na mitologia, Júpiter (ou Zeus) é considerado o rei dos deuses. Observando a figura do deus Júpiter,  podemos compreender um pouco da personalidade dos sagitarianos. Júpiter é antes de tudo, nobre, digno, majestoso e tem toda a corte do Olimpo aos seus pés.

Para conquistar o que ele deseja, para conquistar uma mulher, ele usa de muitos artifícios. Pode transformar-se num cisne dourado ou numa chuva prateada...

O sagitariano é propenso a intensas paixões que podem se esvair em poucas semanas e  assim como seu regente, o deus Júpiter, tem a fama de ser o Don Juan do zodíaco. Está sempre em busca de uma nova aventura, de algo excitante e inexplorado, do inalcançável, para explorá-lo e conquistá-lo.

Por outro lado, a vida com ele nunca é monótona!

O símbolo de Sagitário é o CENTAURO, ser mitológico metade homem  metade cavalo, que está sempre disparando as suas flechas e galopando atrás para resgatá-las.

 Para o sagitariano, o principal é a excitação de atirar as flechas e o fascínio da jornada atrás delas, a chegada não é tão importante.

Para esse arqueiro a vida é sempre uma aventura, uma viagem, uma busca. Ele vai inspirar você a comprar aquela passagem de avião e investir naquela aventura que você sempre sonhou. O importante é fazer essa viagem o mais interessante possível.

 Os signos de Fogo vivem num mundo de fantasia e alimentam seus relacionamentos com ideais românticos e fantasias eróticas. Quando estão envolvidos numa nova aventura esquecem o lado prático da vida. O elemento fogo tem dificuldades de lidar com o dia-a-dia.

Assim como o deus Júpiter, o sagitariano também pode ter explosões de raiva e nesses momentos ele poderá lançar 'raios e trovões' realmente assustadores. Sua raiva porém, dura pouco e ele não guarda rancor. Logo, logo, ele volta ao seu natural bom humor. É só não contrariá-lo!

O sagitariano gosta de se ligar a pessoas do signo de Terra, que poderão cuidar da parte material de sua existência, sua grande dificuldade.

 São conhecidos por terem muita Sorte e as pessoas se perguntam qual o motivo. Acontece que Sagitário sendo um signo de fogo, acredita, tem confiança na vida e parte na frente. Eles são como crianças crescidas, confiantes que se alguma coisa vai mal, no fim vai dar certo. Acreditam  que para tudo existe um significado, algo a ser aprendido. Resultado? Algo inesperado acontece e salva o sagitariano. Ele acredita na vida e a vida lhe retribui.

 Sagitário e o Amor

O  Amor para o sagitariano é a própria razão de viver. Ele se joga nas novas aventuras como uma criança que descobre algo novo e excitante. E apesar das aspirações de sua parte superior humana, o seu lado animal se revela fogoso e impetuoso.

 No entanto, ele tem um lado romântico e segue sempre o que seu coração lhe diz. Ele é fiel, mas não no sentido físico da palavra, é fiel ao seu ideal que não conhece limites nem fronteiras.

 O sagitariano não gosta de demonstrações emocionais melosas, evite sufocá-lo e deixe sempre a porta de casa escancarada... para o sagitariano entrar e sair quando tiver vontade.

 Mulher de Sagitário

A mulher de Sagitário é uma verdadeira arqueira e não difere muito do homem sagitariano. Assim como ele, ela sente grande necessidade de liberdade, o que faz com que evite os compromissos firmes e restritos, onde se sentiria presa entre quatro paredes.

Uma carreira que proporcione viagens, espaço e liberdade de ação, é o ideal para a sagitariana.  Algumas vezes  a mulher de Sagitário demonstra o seu lado mais espiritualizado em busca de novas filosofias de vida, de novas religiões. Ela sente curiosidade sobre os diversos assuntos esotéricos ou ocultistas.

A sagitariana tem o dom de reunir as pessoas, de instruí-las e entretê-las, mas não queira controlá-la. Se quiser se relacionar com ela dê-lhe todo o espaço de que necessita para não se sentir presa.

Como todos os signos de Fogo, ela está sempre buscando algo excitante para se apaixonar. Não importa que seja uma pessoa, um assunto, uma causa. Sem este desafio constante o fogo apaga e “morre.”

Ele tem um incrível senso de humor e procura  sempre ‘escapar’ quando você tenta fazê-lo assumir um compromisso sério.

Por tudo isso, Sagitário é considerado  o signo dos solteiros, seja homem ou mulher.

Importante considerar que eles nunca fazem nada que não queiram.

Portanto, se Ele está dispondo de tempo para você, é porque realmente quer...aproveite!

Os Signos Relacionados:
Triplicidade com os signos de Terra: Touro, Virgem, Capricórnio

Muitas vezes os sagitarianos se ligam com os nativos dos signos de Terra para que estes cuidem do lado material de suas vidas. No entanto, o relacionamento pode ‘murchar’ rapidamente, pois a Terra não alimenta o Fogo, mas sim o apaga. Se a prática terrena conseguir manter vivo o interesse do sagitariano, então será uma união duradoura, onde o equilíbrio dos elementos servirá para firmar o relacionamento.

Triplicidade com os signos de Fogo: Áries, Leão e Sagitário

Com os nativos do mesmo Elemento (Fogo), os relacionamentos serão impetuosos, ardentes e... rápidos. De fato, dificilmente estes relacionamentos duram no tempo, já que se consomem facilmente em grandes labaredas devoradoras. No entanto devem ser aproveitados os momentos criativos e ardentes, de forma a gerar aquela sensação de vida que é a própria razão da existência.

 Triplicidade com os signos de Água: Câncer, Escorpião e Peixes

A Água literalmente apaga o Fogo, portanto uma relação entre estes dois elementos será difícil e decepcionante. Os signos de água são ‘melosos’ demais para o fogoso sagitariano que pode se cansar das inconstâncias e dúvidas apresentadas por seus parceiros. Eles não costumam parar muito para pensar e preferem fugir dos sentimentos profundos se jogando com ardor em novas aventuras. O parceiro de água, ficará em casa chorando...

Triplicidade com os signos de Ar:
Gêmeos, Libra e Aquário

O Ar alimenta o Fogo e a relação entre estes dois elementos pode ser a mais maravilhosa experiência se ela se ativer ao lado intelectual e espiritual. De fato, será do lado físico e sensual que o relacionamento poderá ter problemas, já que as amizades, a vida social, as viagens e aventuras poderão ser mais importantes do que o próprio relacionamento. Se os outros elementos estiverem em equilíbrio, poderá, no entanto, ser construído um relacionamento criativo, brilhante e duradouro. 

 
 

Sagitariano é assim                              

Um desastrado apaixonado

De coração doce
 
Mas grito forte

De alma sincera

Mas é uma fera

 Se lhe provocam

 Ama de verdade

 Até um novo amor surgir

 Se entrega sem regras

 Para o amigo fazer sorrir

 No seu coração a mágoa

 Não faz casa...

 Briga fácil

 Perdoa mais fácil ainda

Às vezes, ele é insano

Outras vezes, todo zen

 Tenha um sagitariano por perto

 E verás a alegria que a vida tem.