quarta-feira, 12 de junho de 2013

DIA DOS NAMORADOS

HOJE REVERENCIAMOS O AMOR
                                                              
 
Dia dos Namorados! Coisa gostosa é namorar...

Há pouco estava vendo uma matéria na TV sobre o Amor, de como os hormônios comandam as nossas reações. Por exemplo:

Ocitocina -    atrai o outro

Prolactina - afasta, perde o interesse pelo outro.

   



 
 
Dopamina - hormônio da Paixão.

                                              
E sobre o beijo....beijar acende uma série de circuitos em nosso cérebro.
Tudo certo, mas prefiro imaginar o Amor como o sentimento que aquece o coração, prefiro envolver-me na Magia do Amor...

Quanto ao beijo, deixo um sábio conselho: “Beija e vê se dá certo, se não  der...esquece”!
Mas voltemos a falar de Amor.

Ontem postei um Ritual para fazer a dois, que termina com um belo poema de Kahlil Gibran. Outra opção para completar a noite romântica é compartilhar o eterno poema de Vinicius de Moraes:

SONETO DE FIDELIDADE
 

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure. 


Existe um outro tipo de Amor que considero de grande importância e também quero homenagear, um amor do passado, que perdeu-se nas curvas do tempo.

Não falo do primeiro namoradinho, mas do Primeiro Amor, aquele que balançou o nosso coração, mexeu com nossos hormônios, extrapolou as nossas emoções...


PRIMEIRO NAMORADO
       


Ah! nós mulheres...
cinquentonas ou um pouco mais,
não importa...
Sabidonas, isso sim,
somos demais...
Prontas para amar,
mas os maridos esgotados nem ligam...
Quem sabe já os amamos demais...


E eis que de repente,
saindo lá do passado,
surge em nossas vidas já calmas...
Ele, o primeiro namorado.
A mesma voz... que emoção!
Está vivo afinal meu coração.
Nas canções estão as lembranças,
tão vivas como quando éramos crianças.


No peito o coração bate como louco,
mas o tempo pra sonhar ficou tão pouco...
Que se sonha até acordada.
Fica-se meio que perdida, meio que drogada,
enterra-se a senhora,
renasce a namorada.
E o marido que nada desconfiou
diz indiferente...
-É a crise coitada, ou esclerosou.

Mas o tempo nem sempre é amigo,
corro ao espelho e assustada digo:
-Virgem Santa! O que o tempo fez comigo...
Mas o milagre acontece,
a fome antes tanta, desaparece,
e tenho até um" insight",
Meu Deus! Primeiro namorado é "diet".

Estou feliz, me sinto gente,
tenho um brilho diferente
acho que é no olhar...
Estou feliz, me sinto viva,
entro na contagem regressiva,
chega o dia de encontrar.

Lá está ele em pé, já me avistou...
O tempo pra ele também passou
mas, quem se importa?
Sinto friagem nas pernas,
ligeira vertigem, no peito imenso calor.
Dessa vez não é menopausa,
não, não, não,
dessa vez é puro amor.

Nos aproximamos de mansinho.
E sussurramos devagarinho: oi amor...

O tempo, tudo em volta fica para trás,
só restam ali aquela mocinha e aquele rapaz...
Entregam-se então todos os sonhos,
o primeiro e o último sonhado,
naquela louca e linda certeza de saber-se tão amado.

Cai o pano.
O mundo por um tempo emudeceu.
Em meio à dor da separação o coração grita:
VALEU!
Porque gente, o primeiro namorado...
Ah! Esse nunca morreu.

Meus agradecimentos à autora desconhecida desse poema. Autora sim, penso eu, porque só uma mulher cantaria em versos, com tanta emoção, o amor do primeiro namorado.

Flores, para todas as namoradas...




Beijo, para todos os namorados...
 


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